quinta-feira, 26 de maio de 2011

A INDEPENDÊNCIA DOS EUA - AS 13 COLÔNIAS

Meus queridos,

Segue abaixo um resumo do nosso próximo tema. Leiam com atenção. Nessa sexta colocarei o trabalho digital, ok.

Veja, essa independência está repleta de idéias Iluministas. As coisas não aconteciam de forma isolada.

Abraços,

Vinicius Gentil

EUA - DEIXANDO DE SER COLÔNIA DA INGLATERRA

Reunidos na cidade de Filadélfia, estado da Pensilvânia para um novo congresso, em 4 de julho de 1776, os representantes das colônias inglesas da América do Norte adotam sua Declaração de Independência. Escrita por Thomas Jefferson, John Adams e Benjamin Franklin, o texto é votado e aprovado por todas as delegações, exceto a de Nova York que a aprovaria somente alguns dias depois.

Esta jornada marca a ruptura definitiva das 13 colônias com o Reino Unido. Entretanto, a guerra de independência estava longe de ter acabado: numerosos norte-americanos influentes permaneciam fieis à coroa da Inglaterra e os britânicos não estavam dispostos a abandonar suas colônias. O conflito somente terminaria com a assinatura dos tratados de Versalhes e de Paris em 3 de setembro de 1783.

A declaração chegou 442 dias após as primeiras descargas de artilharia da chamada Revolução Americana em Lexington e Concord em Massachusetts, que marcaram uma expansão ideológica do conflito que viria finalmente a encorajar a intervenção da França em favor dos Patriotas.

A primeira grande confrontação norte-americana à política britânica ocorreu em 1765 após o parlamento londrino ter aprovado a Stamp Act (Lei do Selo), estabelecendo que todos os documentos em circulação na colônia americana deveriam receber selos provenientes da metrópole, uma medida tributária destinada a aumentar a receita para financiar o exército britânico estacionado na América. Sob o lema "no taxation without representation," os colonizados norte-americanos reuniram-se num Congresso da Lei do Selo em outubro de 1765 para vocalizar sua oposição ao imposto. Com sua promulgação em novembro, conclamou-se a um boicote aos bens importados da Inglaterra. À parte, ocorreram alguns ataques organizados contra as alfândegas e até contra as residências dos coletores de imposto. Após meses de protesto nas colônias o Parlamento britânico revogou a Lei do Selo em março de 1766.

Muita gente continuou a aceitar pacificamente o governo da coroa britânica até a promulgação pelo Parlamento da Tea Act (Lei do Chá) em 1773, uma lei destinada a salvar a debilitada East India Company ao baixar brutalmente o imposto sobre o chá, concedendo-lhe, outrossim, o monopólio sobre o comércio do chá norte-americano procedente da metrópole. O reduzido imposto permitiu à East India Company vender mais barato até o chá contrabandeado pelos comerciantes holandeses. A população local passou a ver essa lei como mais um ato de tirania tributária. Em resposta, militantes chamados de Patriotas de Massachusetts organizaram a "Boston Tea Party," (Festa do Chá de Boston) uma ação de protesto executada pelos colonos na América contra o governo britânico, em que foram destruídos muitos caixotes de chá pertencentes à Companhia Britânica das Índias Orientais atirando-os às águas do porto de Boston. A manifestação teve lugar em 16 de Dezembro de 1773.

O Parlamento britânico, sentindo-se ultrajado pelo Boston Tea Party e outros atos flagrantes de destruição de propriedades britânicas, promulgou as Coercive Acts (Leis Coercitivas), também conhecidas como Intolerable Acts (Leis Intoleráveis), em 1774. As Coercive Acts bloquearam o porto de Boston ao comércio, estabeleceram um governo militar formal em Massachusetts, tornaram os funcionários britânicos imunes a processos criminais na América e obrigaram os moradores locais a alojar as tropas inglesas. Os colonos, em decorrência, convocaram o Primeiro Congresso Continental a fim de organizar uma resistência unida a Londres.

Com as outras colônias aguardando atentamente, Massachusetts liderou a resistência aos britânicos, formando um governo revolucionário paralelo e organizando milícias para resistir à crescente presença militar britânica em todo o país. Em abril de 1775, Thomas Gage, governador britânico de Massachusetts, ordenou que suas tropas marchassem para Concord, onde presumivelmente estava localizado um arsenal dos Patriotas. Em 19 de abril, tropas regulares britânicas depararam-se com um grupo de milicianos americanos em Lexington e os primeiros tiros da Revolução Americana foram ouvidos.

Inicialmente, tanto os americanos quanto os britânicos viam o conflito como uma espécie de Guerra civil dentro do Império. Para o rei George III era uma rebelião colonial e para os americanos, uma luta pelos seus direitos como cidadãos britânicos. No entanto o Parlamento permaneceu pouco disposto a negociar com os rebeldes americanos e, ao invés disso, pagou a mercenários alemães para ajudar o exército britânico a esmagar a rebelião. Em resposta a continua oposição da corte à reforma, o Congresso Continental começou a aprovar medidas que socavavam a autoridade britânica nas colônias.

Em janeiro de 1776, Thomas Paine publica o Common Sense (Senso Comum), um influente panfleto político que convincentemente argumentava em favor da independência, tendo vendido mais de 500 mil exemplares em poucos meses. Na primavera de 1776, o apoio à independência já varria as colônias, levando o Congresso Continental a conclamar que organizassem seus próprios governos. Uma comissão de cinco pessoas foi nomeada a fim de redigir uma declaração.

A Declaração de Independência foi em grande parte obra de Thomas Jefferson. Ao justificar a independência Americana, Jefferson apropriou-se generosamente da filosofia política de John Locke, um defensor dos direitos naturais, e dos trabalhos de outros teóricos ingleses. A primeira seção exibe o famoso conceito: “Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens foram criados iguais, foram dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade.” A segunda parte apresenta uma longa lista de agravos que propiciam as razões para a rebelião.

Em 2 de julho, o Congresso Continental aprovou uma moção apresentada pela colônia de Virginia propondo a separação da Grã Bretanha. As dramáticas palavras dessa resolução foram acrescentadas no fecho da Declaração de Independência. Dois dias mais tarde, em 4 de julho, a declaração foi formalmente adotada por 12 colônias após mínimas emendas. Nova York aprovou-a somente em 19 de julho. Em 2 de agosto, a declaração foi sancionada.

A Guerra de Independência duraria mais cinco anos. Para chegar ao seu término ocorreram os episódios da vitória dos Patriotas em Saratoga, o duro inverno em Valley Forge, a intervenção dos franceses e a vitória final em Yorktown em 1781. Em 1783, com a assinatura do Tratado de Paris com a Grã Bretanha, os Estados Unidos tornaram-se formalmente uma nação independente.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Observação

Pessoal da turma 804, quando for postar alguma coisa, depois do poste, coloca o nome de vocês no final do poste.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Alunos Campeões


Alunos Copiões
Alunos da escola Washington Manoel de Souza
Ganharão 1º, 2º, e 3º , lugar na olimpíada de Queimados
Alguns vão corre pelo município de Queimados  na olimpíada da Baixada
(na foto estão os alunos que correrão pela escola Washington Manoel de Souza)

Postagem feita pelo aluno: Henrique Valois F . da Silveira   

quarta-feira, 18 de maio de 2011

ILUMINISMO


Meus queridos,

Segue aqui um resumo encontrado na Internet sobre o próximo tópico que iremos tratar. Deêm uma lida para chegarmos todos preparados na próxima aula, ok.

Abraços e até amanhã,

Prof. Vinicius Gentil

A Revolução Gloriosa marcou o fim do absolutismo na Inglaterra, criando assim, um país burguês = tudo que existe de recursos (tanto no campo material, quanto no campo humano) seria usado em favor da burguesia, gerando acumulo de capital, o que faz da Inglaterra o país mais rico da Europa.
As burguesias dos outros países perceberam que os ingleses conseguiram abater o Antigo Regime = o rei é deposto, acaba o absolutismo, acaba a sociedade estamental e acaba o Mercantilismo. Então, eles tentam fazer a mesma coisa, sobretudo na França que é "grudada" na Inglaterra. Tudo que se faz na Inglaterra, reflete na França e a burguesia percebeu que se não tomasse uma atitude quanto à destruição do A.R., eles seriam destruídos, pois os ingleses vão acumular toda a riqueza existente na Europa e os outros países vão empobrecer, as burguesias vão à falência (se não há lucro, não há como viver dentro do sistema capitalista).
Desse modo, torna-se necessário derrubar o A.R. e o processo mais traumático foi na França. Os principais filósofos iluministas estarão na França, os pensadores econômicos também.
A burguesia surgiu no Mercantilismo e tinha espaço = criava cartas de monopólio, concessões, falta de concorrência; assim a burguesia surge e vai tomando os espaços, mas vai chegar um momento em que a burguesia está tão grande que ela precisa acabar com o Mercantilismo, precisa assumir o controle da sociedade que era tripartida (Absolutismo nada mais é que um feudalismo transformado)
As 2 primeiras camadas não fazem nada e ainda acabam com a riqueza do Estado, enquanto isso todo o resto da população tem que trabalhar para sustentar as outras 2 camadas. Então deve-se destruir essa sociedade e criar uma sociedade de classes.
Maquiavel, Hobbes, Bodin e Bossuet diziam que o rei devia ser absoluto, agora a burguesia tem que pagar para filósofos para que estes combatam os ideais absolutistas, criando outras filosofias (deve-se negar os princípios mercantilistas e defender a igualdade entre os homens).
O Iluminismo é o momento (corrente) filosófica que tem como base a Razão. E os dois filósofos que não são iluministas, mas serviram de fundamento para a racionalidade foram René Descartes e Isaac Newton, são eles que vão dar a base para que o movimento aconteça.
René Descartes: Descartes dizia que o homem deve desconfiar de tudo para poder acreditar em alguma coisa. Criou o método cartesiano para explicar um assunto através de um ponto racional. O sobrenatural não existe.
Isaac Newton: diz que tudo o que existe no mundo respeita as leis físicas = o sobrenatural não existe.
Filósofos Iluministas
No Iluminismo, os principais filósofos foram: Locke, Montesquieu, Voltaire e Rousseau. As idéias desses filósofos foram o lema que dirige a sociedade burguesa: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade". É com estes filósofos que se forma toda a estrutura social que vivemos hoje = a sociedade burguesa. Houve também os economistas que vão gerar o sistema capitalista liberal que vivemos hoje = o neoliberalismo.
John Locke: Locke foi um filósofo que atacou a concepção absolutista de Thomas Hobbes = o mundo vivia num caos, mas o homem criou o governo e formou-se a sociedade civil, essa sociedade foi feita em um acordo entre o governante e o governado e esse acordo jamais poderia ser rompido e essa impossibilidade de romper o contrato caracterizava o absolutismo. Locke concorda com a sociedade civil (o contrato), porém o contrato não só pode como deve ser rompido se o governante mostrar ser um mau governante = acaba o absolutismo. Se o rei é ruim, tira-o e põe outro. Isso existe até os dias de hoje.
O primeiro país que trouxe na sua constituição o princípio de Locke foram os Estados Unidos.
Locke também disse que os direitos individuais são dons, são nossos, ninguém pode mexer, as nossas habilidades e aquilo que conseguimos através delas também é nosso. Fala-se do individualismo das pessoas na sociedade e sobre a propriedade privada que pertence a uma determinada pessoa.
A teoria de Locke serve corretamente para a burguesia: direitos individuais assegurados, propriedade privada inviolável e a possibilidade de tirar os governantes se não estiverem atendendo a seus interesses.
Resumo: ataca Hobbes. Diz que podemos retirar o governante do poder se ele não estiver sendo bom; diz que a propriedade é um bem inviolável e defende o individualismo que cada pessoa tem.
Montesquieu: Montesquieu também vai combater o absolutismo, principalmente as idéias de Maquiavel = o rei pode fazer o que quiser, porque está acima das nossas regras morais e éticas. Montesquieu falava que isso está errado, porque quando uma pessoa detém todos os poderes na sua mão, essa pessoa faz mau uso do poder. Então ele diz que só se combate o poder com o poder, para isso deve-se fracionar o poder que é uno em três, então Montesquieu cria a tripartição dos poderes: 1-)Legislativo 2-)Executivo 3-)Judiciário.
Resumo: combate Maquiavel. dizia que o rei não podia ter poderes totais, porque ele faria mau uso do poder. Então, "somente o poder detém o poder" = cria-se a tripartição do poder em: executivo, legislativo e judiciário.
Voltaire: é o mais irreverente. Expõe sua filosofia em romances (mais fácil de ler). Ele diz que o Estado (monarquia) deve ser dirigido por um rei filósofo, ou então, um rei que tenha ministros filósofos, então ele defende a razão e os princípios iluministas para dirigir o Estado.
Resumo: ele defende a razão e os princípios iluministas par dirigir o Estado. O rei deve ser filósofo ou ter ministros filósofos.
Jean-Jaques Rousseau: Rousseau é o mais radical de todos, ao invés de ver os problemas da burguesia, ele vê os problemas do povo. Ele vai analisar as causas da pobreza e vai chegar à conclusão de que os problemas da sociedade na qual vivia eram causados pela propriedade privada (depois que ela veio, veio junto a pobreza) = isso vai contra os desejos da burguesia que defendia a propriedade privada, então Rousseau será um filósofo pobre (quem patrocinava os filósofos era a burguesia e como ele era contra os interesses desta, não receberá dinheiro).
Rousseau é um filósofo romântico, porque propõe a volta antes dos maus acontecerem. Por isso ele cria o mito do Bom Selvagem = o índio que vivia feliz e contente sem a propriedade privada. Esse mito pode ser comparado a uma criança que é pura, mas depois ela se torna ambiciosa (por causa da sociedade competitiva e da propriedade privada) e começam os problemas da sociedade.
Ele propõe a democracia = o governo do povo. É o único que fala em República (coisa do povo). "Devemos obedecer a voz da maioria". Ele é tão radical que vão considerá-lo o 1.º socialista, mas não foi. Socialismo só no séc. XIX (ainda está no XVIII).
Resumo: fala em igualdade social, democracia (o poder emanando da maioria), faz crítica à sociedade e à propriedade privada através do mito do Bom Selvagem.
Diderot e D'Alembert: eles vão juntar todo o saber burguês existente naquela época (fazem um convite a vários filósofos iluministas) em um Enciclopédia. Demoram 30 anos para fazê-la. Estando em livros, as pessoas que não podiam ver os filósofos, poderiam saber sobre suas idéias. Com isso, as idéias se espalharam com maior facilidade, ajudando a derrubar o Antigo Regime.
Resumo: vão juntar todo o saber burguês em uma Enciclopédia e fazendo assim, mais pessoas poderiam saber sobre as idéias dos filósofos e assim espalham os ideais para derrubar o Antigo Regime.
A sociedade (burguesa) na qual vivemos hoje é fruto das idéias feitas pelos filósofos do iluminismo que fazem uma série de idéias compostas na frase: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade".
Fisiocratismo
Os economistas do Iluminismo vão mudar o pensamento econômico que antes era mercantilista para que houvesse a transformação do capitalismo mercantilista para o capitalismo liberal (industrial).
A mudança começa com uma "escola econômica" chamada fisiocratismo = "das atividades econômicas que se baseiam na natureza só temos a agricultura". Então, defende-se a agricultura, combatendo o mercantilismo (comércio). O homem mais importante do fisiocratismo é o médico Quesnay = foi o primeiro que percebeu que existe um mercado, onde existe produção e circulação de mercadorias, de serviços e de pessoas.
Para Quesnay o Estado JAMAIS deve intervir na economia, mas no Mercantilismo o Estado sempre intervinha = monopólios, cartas de concessão, preços, quantidade, qualidade. Com isso, ele defende a Liberdade Econômica. Ele defende que a agricultura é a única atividade que gera riqueza = o comércio é estéril (não produz riqueza, ele só passa a riqueza de um lugar para o outro) e a indústria também é estéril (ela não gera riqueza, apenas transforma a riqueza já existente), já a agricultura, por exemplo: com um grão de milho formam-se 3000 grãos, isto é, criou-se uma coisa que não existia.
Quesnay diz que a economia deve funcionar por si mesma, dizendo esta frase: "Laissez-faire, laissez-passer, le monde va de lui-même" (Deixar fazer, deixar passar, que o mundo vai por si mesmo) = liberdade econômica. Ele cria a "idéia da oferta e da procura" = quanto maior a procura do produto, maior o preço, quanto menor a procura e maior a quantidade de produtos, menor o preço. Se houver liberdade, produz-se e consome-se o necessário, há estabilidade do preço e equilíbrio.
Essas leis de mercado, Quesnay chamou de Leis Naturais = funciona como o corpo humano = sem um governo estabelecido = Ex.: respira-se involuntariamente = assim ocorrem as leis da oferta e da procura: elas acontecem!
Resumo: Quesnay defende a liberdade econômica, criticando o mercantilismo. Ele fala contra o comércio e a indústria, defendendo a agricultura. Fala que a economia é regida por leis naturais: "lei da oferta e da procura". Dizia que o Estado jamais deve intervir na economia.
Mas o problema é que Quesnay só é favorável à agricultura e da posse da terra, mas isso não interessa à burguesia = tem que falar bem da indústria, do comércio e é por isso que houve o avanço das idéias. Passa-se, então, do Fisiocratismo para o Liberalismo Clássico (agora são economistas) e o fundador é o escocês Adam Smith.

TEMPOS MODERNOS - O CAPITALISMO E SUAS MAZELAS